Deusa da Guerra, que segura o arco e a flecha e usa a coroa vermelha do baixo Egito. Protetora dos caixões e dos vasos de vísceras. Ensinou os homens a tecelagem. Deusa criadora do mundo e deuses (Armour, 1999)
Deusa criadora de Sais, no Baixo Egito. De acordo a inscrições de Esna a Deusa surgiu das águas primordiais para criar o mundo, e então seguiu alongo do Nilo em direção ao Norte chegando a Sais, acompanhada de peixes (o venerado peixe lates). Mais tarde outras inscrições lhe dão o papel de mãe de Apophis (a cobra Inimiga de Rá). Na era das pirâmides, Neith era considerada o consorte de Seth e mãe de Sobek, neste papel apropriadamente descrita como “enfermeira de crocodilos”. Este conceito de Neith como a matriarca de deuses se estendeu a outras divindades, como Isis e até Ra. (Hart, 2005)
Neith também aparecia como conselheira em alguns Mitos. Por exemplo no mito em que a corte dos deuses tentava decidir se Hórus ou Seth iriam assumir o trono de Osíris na Terra. A corte enviou uma mensagem para a Neith, pedindo seu conselho na decisão; Neith sugeriu que, como primogênito, Hórus deveria assumir o Trono, e que Seth fosse oferecido como prêmio de consolo algumas deusas menores para flertar com ele. Infelizmente Seth não aceitou o plano, e a competição entre o deus continuou, através diversos duelos e falcatruas. Até que enfim Hórus assumiu o trono de seu pai, e Seth foi concedido um lugar no barco de Ra, onde usaria de sua braveza para espantar os homens e inimigos de Ra. (Armour, 1999) Nesse mito Neith também é associada como deusa criadora, descrita como “aquela que deu luz a primeira face”, podendo ser vista como a deusa que deu o primeiro parto. E seu poder é demonstrado em sua ameaça de que se Seth tomasse o Reinado, ela faria o Céu se chocar contra a Terra. (Hart, 2005)
O homem com cabeça de chacal. Patrono da mumificação. O guia dos mortos no submundo. Deus dos mortos. Quem faz a conexão entre o visível e o invisível.
Anúbis é um deus muito antigo na história da mitologia egípcia. Também conhecido como Anpu. Acredita-se que sua existência como deus dos mortos se originou da observação da presença de chacals em cemitérios comendo cadáveres, ou oferendas deixadas para os mortos. (Armour, 1999) Mitos mais antigos dizem que Anúbis era o quarto filho de Rá. Primitivamente, era o deus criador na prefeitura de Sepa, e patrono da cidade de Behdet. (Morel & Moral, 1987)
Porém, posteriormente mitos dizem que Anúbis era filho bastardo de Osíris e Neftis. A lenda de Osíris diz que Neftis traiu seu marido Set, deus do Caos, com Osíris, e temendo a fúria de seu marido, Neftis abandou seu filho. Anúbis então foi criado por cães, até que sua Tia Isis o resgatou e o criou. A partir disso, Anúbis virou o protetor de Isis, quem o ensinou a fala dos humanos, medicina e a arte do embalsamento.
Também foi companheiro de Thot durante o resgate dos pedaços de Osíris e na mumificação corpo. Foi Anúbis que ergueu o corpo de seu pai e o fez ressuscitar com o seguinte encantamento: “levanta-se e viva, eis a sua nova aparência. Afaste o crime de quem lhe fez mal.” Com isso Anúbis se tornou muito importante durante o embalsamento daqueles que buscavam a ressurreição assim como Osíris; e durante os rituais da abertura da boca avia um sacerdote que usava uma máscara de chacal, incorporando o deus Anúbis (Armour, 1999).
No “Livro dos Mortos” Anúbis era um personagem principal, conhecido como o “contador de corações.” Ele recebia o morto no submundo e o guiava para o Julgamento de Osíris, aonde o coração do morto era posto em uma balança, e seu peso era comparado com o peso da pena da verdade. Era Anúbis quem determinava o resultado dessa avaliação. Se a finado não passasse o julgamento, sua alma seria devorada por Ammit, um animal com cabeça de crocodilo, corpo de leão e o traseiro de um hipopótamos, seu nome significava o “devorador de mortos.” Se a alma fosse absorvida, Anúbis o acompanharia a presença de Osíris. (Armour, 1999)
A Deusa Gata, deusa do prazer, protetora feroz dos deuses e faraós.
Bastet era uma das filhas do deus sol, Rá, seus atributos e mitos se misturavam com os das
outras filhas de Rá como Hathor, Sekhmet e Mut. Sua mitologia mostra a dualidade entre a ferocidade da leoa selvagem e a doçura da felina domada. Em forma de olho de Rá ou de uma leoa, Bastet era feroz e vingativa, seu pai Rá à usava para suas vendetas. Mas já quando ela tomava forma da gata, era mansa e meiga. Essas faces de Bastet foram comparadas com o ciclo menstrual feminino e a disponibilidade para aproximação. A gata de baixo da cadeira de uma imagem feminina no templo simbolizava que ela estaria sempre disponível sexualmente ao dono do templo no submundo. (Hart, 2005)
Inscrições no templo do Rei Khafra citam Bastet como deusa do Egito do Sul e Hathor do Norte. E mostra seus filhos, Mihos, homem com face de leão, Nefertum a deusa do perfume, e Hórus (o jovem). Ela oferece proteção a filha de Atum.
Na cultura Grega Bastet tinha o nome de Artêmis e ela era celebrada em festivais com banquete, música, dança licenciosa e muito vinho. Tocavam o chocalho, sistrum, em veneração a deusa.
Osíris era representado pela coluna de Djed que significa estabilidade, durabilidade, pode também ser vista como o suporte do céu e símbolo do renascimento. (Clark)238-239
Em diversas cerimonias o erguimento da coluna de Djed ou da múmia (outro símbolo que se refere a Osíris) significava a ressurreição, e a esperança de salvação eterna da alma.
Alguns símbolos usados no Egito, foram originados em outras culturas, mas a coluna de Djed e o Olho de Ra originaram-se na cultura egípcia, anteriormente ao Mito de Osíris, esta coluna foi associada com o antigo deus do velho Egito, Ptah, que era chamado, “o Nobre Djed”.
O historiador Manfred Lurker acreditava que ela começou a ser usada como um símbolo de poste da fertilidade e tinha fileiras de espigas de milhos amarrados nela. O ritual de erguimento da coluna seria realizado para associar seu reinado com estabilidade.
Já Outro historiador R. T. Rundle Clark acredita em outra origem de Djed, acredita que eram colunas ladeavam as janelas dentro do palácio, e quando se olhava pela janela aparentava que elas sustentavam o céu, garantido um espaço de ar, onde a autoridade do rei prevalece. (Armour, 1989)
O grande civilizador do Egito, quem introduziu agricultura, leis e rituais religiosos.
Símbolo do céu, do Nilo, do trigo.
O fecundador do mundo.
O sol, suas viagens para conquistar o oriente poderia representar o percurso do sol pelo céu, espelhando por toda parte sua fecundidade. (Hemus, 1984)
A ressurreição de Osíris por Iris e Néftis é associada com o retorno da fertilidade da terra após a enchente. As águas da enchente do Nilo era denotada vindo das coxas do Deus. Além das águas do Nilo, Osíris também é associado com a virilidade sexual e a fertilidade nas mulheres, “Osíris é o espírito universal do crescimento.”(Clark)127-129. (Hamlyn)
Osíris representa o desejo de toda a alma à transcender a morte.
O Deus do submundo. O Juiz da alma do falecido durante o Julgamento dos Mortos.
O Mito de Ísis e Osíris
Osíris como faraó
Osíris foi o primeiro filho de Geb (deus da terra) and Nut(Deusa do céu). Mitos dizem que ele nasceu como deus, mas cresceu como homem. Osíris se tornou Faraó, e foi creditado por ensinar o povo do Egito a arte da agricultura, do feitio de vinho, pão e cerveja, e por ensinar diversos oficios pra que o povo se afastassem de uma sobrevivência “selvagem” de colheita, caça e até canibalismo. Mitos dizem que Osiris foi o quarto faraó, construtor da civilização e também responsável pela expansão do reino do Egito através da Ásia, mas em suas conquistas Osiris não utilizou de violência, era inimigo da violência, e foi capaz de vencer país após país, usando sua sabedoria, músicas e a promessa de felicidade e ordem.
1º assassinato de Osíris
O mito diz que o império de Osíris foi abalado quando ele partiu para conquistar outras terras longínquas, deixando o reino sob cuidados de Isis, que fez um bom trabalho e conseguiu manter a ordem do reinado. Porém, seu irmão ciumento, Seth, fez um plano para assumir o reinado. (Hamlyn) Seth conspirou com seus ajudantes, e a rainha da Etiópia, que tinha inveja do sucesso de Osíris com seu povo, para fazer uma armadilha para o Faraó. Construíram um lindo baú com as exatas dimensões de Osíris. E convidaram Osíris para uma festa, durante a festa Seth trouce o baú e anunciou que baú seria doado para aquele que coubesse dentro. Todos os convidados tentaram entrar dentro do baú, mas não couberam, então era vez de Osíris entrar, e ele todo feliz entrou para descobrir que o cabia certinho, mas antes dele poder sair, Seth fechou o baú e o lacrou. Então os participantes da festa levaram o Baú para o rio Nilo e o jogaram na água, para ser levado para bem longe pela corrente. Isis estava viajando, mas ficou sabendo imediatamente do assassinato de seu marido, e começou o seu lamento. Desesperada, Isis partiu a procura do baú com o corpo de seu marido, procurando-o ao longo do rio Nilo.
Descoberta do nascimento de Anúbis
Durante sua busca Isis descobriu que sua irmã (e mulher de Seth) Néftis tinha se apaixonado por Osíris e o enganou para se deitar com ela. Desse evento, Néftis engravidou. Temendo a fúria de Seth, ela abandonou a criança após o parto. O bebê foi salvo por um grupo de cachorros selvagens. Ao saber do acontecimento, Isis localizou o grupo de cães, resgatou seu sobrinho e o criou como seu próprio filho, dando a ele o nome de Anúbis. Isis logo perdoou sua irmã. Com isso, Néftis abandonou seu marido, Seth, juntou-se a Isis e passou a se dedicar à procura do corpo de Osíris.
Encontro do corpo de Osiris/ coluna de Djed
Enquanto isso o baú, contendo o cadáver de Osíris assentou-se no banco do Nilo, em Byblos, adjacente a uma árvore de tamarisco e ali ficou até que a árvore cresceu ao redor do baú, formando um formoso tronco, de grande porte e belas flores, sua beleza o fez famoso. Até que o Rei Malkander e sua mulher, Athenais, vieram apreciar a vista, e admirados ordenaram que a árvore fosse cortada e usada na construção de um pillar para suspender o telhado de seu palácio, não suspeitando que dentro dele se encontrava o corpo de Osiris.
Ao passar do tempo, Isis, guiada por pistas dadas por crianças, rastreou a localização do baú, o que a trouxe a Byblos, onde ela se sentou na beira do rio e atraiu a atenção das empregadas da rainha. Elas conversaram e Isis ensinou elas à trançar seus cabelos e usar joalherias, e seu bafo perfumou à elas e suas roupas com um magnífico aroma. Quando as empregadas da Rainha voltaram para o castelo, Athenais as perguntou sobre a origem daquela deliciosa fragrância, então as serventes a levaram ao encontro de Isis. Logo ao encontra-la as duas se tornaram grande amigas, e Isis foi convidada a corte de Athenais.
Um dos filhos da rainha sofria com uma doença incurável, Isis se ofereceu a curar o menino. Ela pediu que ficasse só com o menino durante as cerimonias de cura, mas um dia a mãe curiosa entrou no berçário e ficou chocada ao ver que Isis colocou a criança em frente de chamas de fogo, e se transformou em uma andorinha, voando em volta do Pilar, fazendo um canto de intenso lamento. A mãe desesperada pegou seu filho e correu com ela, mas Isis a alcançou e disse que era a mãe era tola por fugir, porque se Isis continuasse seu tratamento, logo seu filho estaria curado e seria transformado em um Deus, imortal. A mãe entendeu que ela estava diante de uma deusa. Isis então curou a criança, e seus pais ofereceram um presente como gratidão. Isis pediu a coluna que sustentava o telhado do castelo. Isis comandou que carpinteiros retirarem o baú do tronco, e restaurou a coluna com linho e fragrantes flores, e a retornou para o castelo. Essa coluna virou a famosa coluna de djed que foi adorada pelos seguidores de Osiris. Após isso, Isis se pôs a lamentar; seu lamento era tão terrível que um dos filhos do Rei morreu aterrorizado. Isis então pôs o baú em um barco e partiu levando outro filho do Rei, durante a viajem Isis abriu o baú e começou a se lamentar, o menino a surpreendeu e quando ela virou e o olhou, ele morreu, como seu irmão.
Isis continuou sua viajem pelo Nilo, secando a água que entrava no barco com sua magia. Quando Isis chegou ao Delta, ela levou o baú a terra firme. Então, ela e Néftis tentaram ressuscitar Osíris recitando o seguinte encantamento: 1ª ressurreição de Osíris/ concepção de Hórus
“Quem trabalhou em seu corpo sem vida com cordas atadas,
Quem aqueceu seu corpo com o calor do seu peito,
Quem fez a entrada de ar com o bater de suas asas,
Quem fez o fluxo de vida do seu corpo em Isis,
Para o chambre da morada da vida.”
E com esse encantamento, Isis foi capaz de aquecer o corpo de Osíris e soprar a respiração da vida dentro de seu corpo por tempo suficiente para que ele pudesse à engravidar com seu filho Hórus. No templo de Dendora existe uma imagem ilustrando esse momento, que mostra Isis pairando como um pássaro sobre o corpo de Osíris com seu pênis ereto.
Seth perseguiu Isis e à aprisionou, mas ela escapou com a ajuda de Anúbis e fugiu para o pântano. No dia do equinócio da primavera, Isis pariu Hórus, junto aos novos brotos de grão que brotavam na beira do rio. Foi um parto difícil que só aconteceu após dois deuses aparecerem e mancharem sua testa com sangue, o símbolo da vida. Após o nascimento, Thot apareceu e falou para Isis fugir com a criança para protege-la de Seth, e mantê-lo escondido até ele estar na idade certa para assumir seu trono como O Grande Rei dos dois reinos (Baixo e Alto Egito). Isis então levou a criança para o Baixo Egito, na cidade de Pe, uma cidade em uma ilha flutuante. Isis soltou os laços que segurava a ilha, que flutuo para as profundidades do pântano, onde ninguém os poderiam encontrar.
Isis no Delta/ Tefen o Escorpião
Mitos dizem que durante sua fuga, acompanhada de seu filho e 7 escorpiões, Isis procurou refúgio na casa de uma nobre dama. Quando a dama viu Isis e seus acompanhantes, ela fechou a porta em sua cara, não sabendo à quem ela recusava ajuda. Isis encontrou outro abrigo, mas não conseguiu perdoar a mulher que e a desprezou. Magoada, Isis usou sua magia e fez que 6 de seus escorpiões depositassem seu veneno em um deles, Tefen. Este então entrou por debaixo da porta e da casa da dama e picou seu filho. O menino não resistiu ao veneno e morreu. Sua mãe desesperada saiu a procura de socorro, mas não conseguiu ajuda, foi recusada ajuda assim como ela recusou ajudar Isis. Então a Deusa sentiu piedade da mãe e veio acudir o menino. Isis recitou um feitiço para que os escorpiões removessem o veneno do menino: “A criança viverá, o veneno morrerá, como Hórus é forte para mim, sua mãe, a criança também será para sua mãe.” Com isso a criança ressuscitou. Esse feitiço se tornou um mantra para aliviar os efeitos de venenos no Antigo Egito.
Isis voltou para casa vestida como mendiga, pois teve que se redimir a viver de esmolas para sustentar seu filho. Quando ela chegou em casa, encontrou Hórus doentio, caído no chão. Nem o leite materno o curava. Foi quando chegaram 2 mulheres carregando a chave da vida, ankh, e diagnosticaram a doença como picada de escorpião. Isis tentou usar o mesmo encantamento que usará no filho da Dama, mas foi em vão. Finalmente Thot apareceu para a socorrer. Isis expressou sua indignação pela demora de Thot para acudir o garoto. Ele disse que veio com a barca solar e que todos os deuses estavam preocupados. O Sol estava parado, e o mundo estava em escuridão até que o futuro Deus Solar estivesse curado. Thot então recitou um encantamento para curar o menino Hórus. Após a recuperação da criança, Thot ordenou as mulheres do Delta que ajudassem Isis a criar o menino que iria ser o futuro rei das Duas Terras, com a ajuda de Osíris, Isis e Ra.
O 2º assassinato de Osíris
Depois disso, tudo andava bem até que o corpo de Osíris, que tinha sido embalsado com a ajuda de Anúbis e Thot, foi descoberto por Seth. Em uma noite de lua, Seth estava galopando em seu cavalo caçando porcos selvagens, quando viu o baú que tinha feito para Osíris. Seth amarrou seu cavalo, abriu o baú, retirou o corpo de Osíris e o cortou em 14 pedaços, enquanto ria com uma risada diabólica e dizia em vós alta: “Não é impossível destruir o corpo de um Deus, mas Eu acabei de fazer isso, Eu destruí Osíris.” Porém ele estava enganado.
Isis e sua procura dos pedaços de Osíris
Isis saiu novamente a procura de seu marido. O mito diz que ela navegou o Nilo em um barco de papiro, acompanhada de pássaros e brutos. Enquanto navegavam crocodilos se afastavam do barco, eles não se atreveriam atacar tal divindade. Por conta desse mito, no Egito Antigo acreditavam que crocodilos não atacavam barcos de papiro. Isis encontrou um a um dos pedaços de Osíris. Em cada lugar em que encontrava um pedaço ela pretendia enterrar esse pedaço e construía um santuário. Supostamente Isis fazia uma moldura de cera imitando cada parte e a enterrava, com o fim de enganar Seth se ele viesse a procura do corpo de seu irmão. O único órgão que Isis não conseguiu encontrar foi o órgão sexual de seu marido, que foi devorado por peixes- os lepidotos, fagrus e oxyrhynchus. Ao não encontrar o órgão, Isis construiu uma moldura do pênis de Osíris. De acordo com o historiador Plutarco, Isis instituiu um festival solene para memória do órgão sexual de Osiris.
A 2ª ressurreição de Osíris
Enquanto Isis procurava as partes de Osíris, Hórus, Anúbis e Thot, foram atrás restaurando o corpo. Depois de todas as partes foram encontradas, menos a comida pelo peixe, eles envolveram o corpo em linho e o colocaram no templo de Abidos. Depois de Hórus lutar contra Seth, ele voltou para Abidos com o olho que ele ganhou de seu tio diabólico. Osíris sentava em seu trono com seu mangual e cetro. Hórus abriu sua boca e o fez comer o olho, que o deu a vida eterna. Esse mito foi a origem do ritual da abertura da boca, durante o funeral egípcio. Hórus colocou então uma longa escada que ia de Abidos para o céu, e Osíris subiu lentamente acompanhado de Isis e Néftis. Thot os seguiu carregando o livro dos deuses e Hórus ajudou seu pai a subir. Enquanto subiam, sentiam a brisa dos quatro cantos da terra, e o barco solar os iluminava. Até que chegaram ao topo das duas montanhas, e pisaram no chão de cristal. Agora, como imortal Osíris foi encarregado a julgar as vidas dos mortais que o seguia.
Isis voltou a terra e prometeu nunca mais se casar e continuou sendo uma perfeita Rainha das duas terras, famosa pelo seu senso de justiça e caridade. Depois de sua morte alguns acreditam que seu corpo foi enterrado em Memphis e outros acreditam que foi enterrado em seu templo em Philae, mas sua alma se juntou ao mundos dos deuses, ao lado de seu marido Osíris. (Armour, 1989)
Uadjit era a deusa da cobra alada, criadora do papiro e símbolo do Baixo Egito.
Uadjet era associada à proteção, justiça e ao poder de cura. Esses poderes podem ser vistos em vários mitos egípcios, como nos exemplos abaixo.
Uma vez seu pai, Ra, enviou o olho de Uadjit a procura de seus irmãos, Tefnut e Shu, que estavam perdidos nas águas. Ra ficou tão feliz quando eles retornaram que chorou, e de suas lagrimas criou os primeiros seres humanos. Com isso Rá colocou o olho do Uadjet em sua cabeça como recompensa e proteção.
Os poderes de cura de Uadjet apareceu em um mito onde o Olho de Uadjet foi quebrado em uma batalha contra Seth, o Deus do Caos. Após a batalha, o Olho foi restaurado com a ajuda de Toth, e passado para Osiris que o usou para guiá-lo através do submundo, em sentido a ressurreição. Os pedaços do olho de Uadjet (ou Olhos de Ra) representam as partes de um todo “ou uma fracção em matemática egípcia.”
Podemos ver o poder de Justiça de Uadjet em um mito onde O Deus Geb tinha violado sua mãe antes de se tornar rei, e quando ele foi colocar a sua coroa real decorada com a serpente de Uadjet, a cobra da coroa atacou à ele e à seus seguidores, como uma forma de puni-lo por sua atitude erronia.
Símbolo muito popular na mitologia Egípcia, conhecido como Olho de Hórus, Rá, Thot, ou Uadjit.
Olhos de Hórus:
Hórus era o deus do Sol, uma divindade celestial, seu olho direito era associado ao sol, e o esquerdo, a lua.
Diversos mitos Egípcios descrevem duelos entre Hórus e Seth, seu Tio, deus do Caos, que disputavam o trono deixado por Osíris. Durante os duelos o olho de Hórus era esquartejado por Seth, e depois restaurado com ajuda de outras deidades como Hathor e Thot.
O amuleto do Olho de Hórus, udjat, significava:
“A força do monarca,
O conceito de realeza, proteção contra Seth,
agente de purificação real,
oferendas no festival da lua crescente.” (Hart, 2005)
O Olho de Hórus também serve como guia e proteção nos mitos egípcios. Como em outro mito em que Seth esquarteja o Olho, após restaurado o Olho é oferecido à Osíris para o guiar à ressurreição, o orientando no submundo. O Olho também era visto como guia no mito da Deusa Uadjit.
Olho de Uadjit
Uadjit era a deusa da serpente alada, criadora do papiro, símbolo do baixo Egito. Em um mito, Ra, seu pai, enviou o Olho de Uadjet a procura de seus irmãos, Tefnut e Shu, que estavam perdidos nas águas. Uadjit encontrou seus irmãos. Ra ficou tão feliz quando eles retornaram que chorou, e de suas lagrimas criou os primeiros seres humanos. Com isso Rá colocou o olho do Uadjet em sua cabeça como recompensa e proteção.
O Olho de Hórus também pode ser visto como:
Símbolo da matemática: 1 dividido pelos 6 múltiplos de 2
Símbolo de vida, ressurreição, cura e proteção.
Símbolo das fases da lua e eclipse.
O sol e a lua olhos de Rá e Thot.
Minha interpretação: O fim também é um começo. Os olhos do morto serviram como um recomeço para o outro. As partes fazem um inteiro.
No tarot egípcio:
A aprendizagem adquirida pela experiência. Sabedoria. Evolução.